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Fonte:ISA |
Povo de origem tupi-guarani de caçadores e agricultores da floresta de terra firme, são 450 indígenas (Siasi/Sesai, 2012), se autodenominam Bide, que significa "nós", "a gente", "os seres humanos", o nome pelo quais são denominados, "Araweté", foi inventado por um sertanista da FUNAI e não tem significado na língua do grupo.
Habitam uma única aldeia à margem do igarapé Ipixuna, afluente da margem direita do Médio Xingu. A língua dos Araweté é a tupi-guarani, mas quando comparadas com as línguas faladas por seus vizinhos tupi-guarani mais próximos, é a que mais se diferencia, sugerindo que a separação desse povo foi mais antiga.
Em 1978, os Araweté se mudaram, juntamente com o Posto da FUNAI, para um sítio mais próximo da foz do Ipixuna, onde residiram até 2001, permitindo assim grande convivência com o homem branco, fazendo assim com que até hoje sejam dependentes de bens e serviços oferecidos pelo Posto, como combustível, sal, fósforos, panelas, roupas, sabão, pilhas, lanternas, facas, machados, facões, ferramentas, tesouras, pentes, espelhos, açúcar, óleo de cozinha, espingardas, munição, remédios.
A base de sua subsistência é a agricultura, predominando o cultivo do milho sobre o da mandioca, diferenciando-os dos outros grupos Tupi-Guarani amazônicos. Plantam também batata-doce, macaxeira, cará, algodão, tabaco, abacaxi, cuieiras, curauá, mamão e urucum. A caça e a pesca também são realizadas pela etnia em grande variedade, como jabotis, tatus, queixada, macacos-prego; paca; veados. Caçam mutuns, japu e dois tipos de cotingas para conseguirem as penas para produzirem flechas e adornos. As araras vermelhas e papagaios são capturados vivos e criados como xerimbabos na aldeia.
As armas de caça são produzidas com madeira de ipê, confeccionando três tipos de flecha. Também realizam coleta como atividade, e os principais produtos são mel, açaí, bacaba, castanha-do-pará, coco-babaçu, além de frutas como cupuaçu, cacau e ingá.
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Fonte: ISA |
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