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Fonte:ISA |
Chegou a ser considerada extinta na década de 1940, mas voltou a cena nos anos de 1970, com a construção da rodovia Transamazônica, no vale do médio Xingu. A construção da estrada cortou plantações, trilhas e acampamentos de caça tradicionalmente utilizados pelos índios.
Falam a língua da família Karib, já que pertencem a mesma sub-família dialetal. Há dados históricos que confirmam o trânsito dos Arara por entre as duas margens do médio rio Xingu até a fixação na sua margem esquerda, junto ao rio Iriri, depois de cruzarem o Xingu já abaixo da "Volta Grande", por volta de meados do século XIX. Esses dados juntamente com a memória dos velhos Arara apontam para a região próxima a Altamira como o lugar da maior concentração de assentamentos de subgrupos Arara no passado.
Entre 1889 e 1894, houve perseguição por seringueiros na região do divisor de águas Amazonas-Xingu/Iriri. Em diversos momentos da história, muitos subgrupos Arara foram forçados a pequenas migrações no território que ocupavam, provocadas por ataques de outros grupos indígenas, perseguições de seringueiros, caçadores ou colonos. Em 1964 e 1965 foi notado enorme movimentação de um grande grupo Kayapó na região, onde teriam ocorrido os maiores conflitos com os Arara, o que causou fugas, separações e desaparecimento de vários dos antigos grupos locais.
As unidades residenciais são como grandes casas coletivas, centradas sobre a figura de um homem já velho que é pai da maior parte das mulheres que vivem lá. Cada indivíduo pertence a um grupo residencial específico, e as casas coletivas funcionam de fato como unidades sociais independentes e que, para vários aspectos, da vida social, operam como uma espécie de sujeito coletivo. Já as aldeias levantadas pela FUNAI, reúnem-se como pequeno aglomerado desordenado de casas ocupadas por unidades conjugais diferentes.
Praticam a agricultura que serve para alimentação cotidiana e para grandes caçadas inexistem. Plantam macaxeira, batata, cará, milho, e frutas como abacaxi, banana, entre outras que servem para a fabricação de uma bebida fermentada, concebida como a contra dádiva necessária para as caçadas.
Existem entre esses grupos o xamanismo Arara, que é uma instituição dispersa, difusa e generalizada entre os homens. São curadores e agentes da mediação com as potências metafísicas, e todos os homens são iniciados e praticam pelo menos em parte as técnicas e artes xamânicas, e são esses que garantem as condições para que ocorram as caçadas e os ritos que fazem circular carnes e bebidas entre os vários subgrupos.
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Fonte: ISA |
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